ÊTA MINEIRINHO BOM DE SERVIÇO

No próximo dia 13 de julho o mineiro de Ponte Nova, João Bosco, completará 61 anos. O violonista virtuoso começou a carreira artística aos quatro ano, cantando em igrejas. Na adolescência ele ganha um violão verde e forma a primeira banda. Para estudar engenharia, ele se muda para Ouro Preto e se torna Engenheiro Civil em 1972. Mas nunca abandonou a música. É nessa época que conhece Vinícius de Moraes. Faz algumas músicas com o poetinha, que o convence a se mudar para o Rio de Janeiro. Lá, ele conhece o letrista que seria o grande parceiro: Aldir Blanc. Os dois fazem mais de uma centena de músicas. Várias delas sucessos na voz de Elis Regina: Mestre-sala dos Mares, Dois pra Lá, Dois pra Cá e O Bêbado e a Equilibrista. Essa se torna um hino informal da anistia política. João Bosco tem uma influência da música árabe e isso pode ser constatado em diversas músicas dele. Em Jade, o cantor explicita essa tendência com muita maestria. Nos últimos anos, ele abandonou a parceria com Blanc e lançou alguns discos ancorado pela poesia do filho, Francisco Bosco. João Bosco está entre os grandes compositores brasileiros, um virtuoso violonista e um exímino cantor. Por isso ele é um dos que merecem figurar entre os homenageados do blog. A música que escolhi dele, por incrível que pareça, não é resultado de uma parceria com Aldir Blanc. É de um parceiro mais recente: Capinam. Foi com ele que Bosco fez uma das mais conhecidas canções do repertório: Papel Maché. Amantes da boa música, com vocês, João Bosco.


Cores do mar, festa do sol
Vida fazer todo o sonho brilhar
Ser feliz, no teu colo dormir
E depois acordar
Sendo o seu colorido
Brinquedo de papel machê

Cores do mar, festa do sol
Vida fazer todo o sonho brilhar
Ser feliz, no teu colo dormir
E depois acordar
Sendo o seu colorido
Brinquedo de papel machê

Dormir no teu colo é tornar a nascer
Violeta e azul outro ser
Luz do querer
Não vai desbotar, lilás cor do mar
Seda cor de batom
Arco-íris crepon
Nada vai desbotar
Brinquedo de papel machê