sexta-feira, março 23, 2007

DE BRASÍLIA PARA O MUNDO. OS PARALAMAS SÃO DO SUCESSO

A foto ao lado é de 1998, três anos antes do acidente de ultraleve que matou a esposa de Herbert Vianna e o deixou na cadeira de rodas. "Os Paralamas do Sucesso" é formado por Herbert, Bi Ribeiro e João Barone. Mas antes de João, Vital era o baterista. Ele saiu, virou tema de música e a banda/trio seguiu uma trajetória de sucesso. Das apresentações na UnB para Montreux e o mundo. Hoje, os Paralamas são uma das bandas mais populares da Argentina, por exemplo. O primeiro disco foi lançado em 1983 e explodiu com Vital e Sua Moto. Mas foi em O passo do Lui que colocou os Paralamas de vez no cenário roqueiro nacional. Nessa época, as letras começavam a anunciar um namoro do rock/reggae/pop com a MPB. Isso ficou claro nos álbuns seguintes. Os Paralamas se mostraram eficientes em produzir músicas para tocar nas rádios ao mesmo tempo que primavam pela qualidade. Não há nenhum brasileiro que não tenha cantarolado, ao menos uma vez, Alagados, Melô do Marinheiro, Óculos, Meu Erro, Ska ou Cinema Mudo. São canções divertidas e intensas do grupo. mas a música que escolhi hoje não é a preferida por muita gente. Mas é pra mim, um marco. Tendo a Lua é do disco Os Grãos, de 1991. Nessa época, começava pra valer minha trajetória na área de comunicação. Já havia trabalhado na rádio Veredas em 1989 1 990. Em 91, o Exército e em 92 a volta para a rádio. Eu me lembro que via a capa do disco (foto de alguns gansos) não entendia muito bem porque um grupo de rock coloca aves na capa. Mas lembro também que gostava de ouvir Tendo a Lua. Até hoje eu me amarro, por isso quero repartir esse prazer com vocês. Amantes da boa música, como vocês, Os Paralamas do Sucesso.

Eu, hoje, joguei tanta coisa fora
Vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim

O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Querendo ver o mais distante e sem saber voar
Desprezando as asas que você me deu

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
mas de bailarinos
e de você e eu.

Hoje joguei tanta coisa fora
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
mas de bailarinos
e de você e eu.

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
mas de bailarinos
e de você e eu.

Nenhum comentário: