terça-feira, março 13, 2007

A VOZ SUAVE QUE VEM DO NORDESTE


Eu comecei a prestar mais atenção ao cantor, compositor e poeta Geraldo Azevedo ouvindo o disco "Cantoria", de 1984. Nele, Geraldo divide músicas regionalíssimas com Xangai, Elomar e Vital Farias, os cantadores. O disco é excelente e uma segunda edição foi lançada em 1988. São músicas alegres, divertidas e bem trabalhadas. Mas a música de Geraldo Azevedo que escolhi para hoje não faz parte do "Cantoria". É do álbum "De outra maneira", de 1986. Toda vez que ouço Dona da minha cabeça eu me lembro da cantora-locutora-amiga Marisa Costa. Ela foi minha diretora quando comecei a trabalhar na rádio Veredas, em 1989. Não sei explicar porque me lembro dela, mas acho que a Marisa gostava muito da canção. E eu me lembro que sempre a tocava. Dona da minha cabeça é de Geraldo Azevedo e Fausto Nilo, eterno companheiro de Fagner. Esse, também gravou a música. É uma letra simples, porém intensa. Uma melodia também simples, porém muito gostosa de se ouvir. Sem falar que a voz de Geraldo Azevedo é suave e aveludada. Portanto, a soma da música com o cantor e a interpretação resulta em mais um explêndido exemplo do cancioneiro brasileiro. Amantes da boa música, com vocês, Geraldo Azevedo.


Dona da minha cabeça ela vem como um carnaval
E toda paixão recomeça ela é bonita, é demais
Não há um porto seguro futuro também não há
Mas faz tanta diferença quando ela dança, dança


Eu digo e ela não acredita ela é bonita demais
Eu digo e ela não acredita ela é bonita, é bonita


Dona da minha cabeça quero tanto lhe ver chegar
Quero saciar minha sede milhões de vezes, milhões devezes
Na força dessa beleza é que eu sinto firmeza e paz
Por isso nunca desapareça
Nunca me esqueça, que não te esqueço jamais


Eu digo e ela não acredita ela é bonita demais
eu digo e ela não acredita ela é bonita demais

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