segunda-feira, março 12, 2007

A MISTURA DO NORDESTE COM O ROCK


Zé Ramalho é daquele tipo de cantor e compositor que todos gostam, nem que seja de uma ou outra música. Até os 20 anos, o paraibano só ouvia jovem guarda, Beatles e rock em geral. Mas a partir daí passou a conhecer a música nordestina, da própria terra. Conheceu Alceu Valença, Geraldo Azevedo e decidiu se dedicar à música. Quando se mudou para o Rio de Janeiro, em meados da década de 70, teve a música Avohai gravada por Vanusa. Foi o início de um grande sucesso. Passou a ser conhecido como bom compositor, lançou, já em 1980, Admirável Gado Novo. Fez muito sucesso. Entre 1981 e 1987 lançou um disco por ano. Sucesso atrás de sucesso. E já em 1997 arriscou um acústico redesenhando as principais músicas da carreira. Um disco impecável e muito bem feito. A música escolhida para hoje tem uma história muito legal. Ele compôs Eternas Ondas pensando em Roberto Carlos. Queria que o gravasse. Chegou a ir a um show do Roberto e, no camarim, tocou e cantou a canção. Não convenceu. Roberto Carlos nunca gravou a música. Algum tempo depois Fagner, que estava em fase de gravação de álbum, ligou para Zé Ramalho perguntando se ele tinha uma música para integrar o disco. Zé Ramalho ofereceu Eternas Ondas. Fagner gravou e a música foi uma das mais tocadas do disco. O que o rei descartou, Fagner aproveitou. Amantes da boa música, com vocês, Zé Ramalho.
Quanto tempo temos antes de voltarem
Aquelas ondas
Que vieram como gotas em silêncio
Tão furioso
Derrubando homens entre outros animais
Devastando a sede desses matagais
Derrubando homens entre outros animais
Devastando a sede desses matagais

Devorando árvores, pensamentos
Seguindo a linha
Do que foi escrito pelo mesmo lábio
Tão furioso
E se teu amigo vento não te procurar
É porque multidões ele foi arrastar
E se teu amigo vento não te procurar
É porque multidões ele foi arrastar

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