terça-feira, julho 03, 2007

O BRASILEIRÍSSIMO BADEN POWELL

Infelizmente, Baden Powell não é conhecido dos mais novos, de uma maneira geral. Apesar de ser uma dos mais importantes artistas brasileiros de todos os tempos, hoje em dia é deixado de lado da grande mídia. Por isso, quem só acompanha música pelo que tocam as rádios, fica sem saber o que esse violonista representa para nossa música.

Apesar do nome, Baden Powell é brasileiríssimo, fluminense de Varre-Sai, no norte do estado do Rio de Janeiro. Ele recebeu esse nome porque Baden Powell era o nome do militar inglês que concebeu o escotismo. E o pai do artista adorava o escotismo. Apesar de ter nascido no interior, mudou-se para a capital carioca ainda bebê. Aos 8 anos começou a estudar violão. Aos dez, já tinha aulas de teoria musical e composição. Aos 15, com autorização da justiça, tornou-se músico profissional. Em 1962, então com 25 anos, foi se apresentar pele primeira vez na Europa. Virou a cabeça do velho mundo e se transformou no artista brasileiro mais popular por lá. Em 2000, o Brasil perdeu Baden Powell para o andar de cima. Mas ele deixou uma herança artística especialíssima que enche de orgulho qualquer brasileiro. Se você não conhece Baden Powell, tente conhecer. Para dar um incentivo, uma música que ele fez com Vinícius de Morais: Canto de Ossanha. Essa música é lindíssima e você pode assistir no link acima. Não perca a oportunidade de ler a letra enquanto ouve a canção. Amantes da boa música, com vocês, Baden Powell.

O homem que diz dou, não dá
Porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz vou, não vai
Porque quando foi, já não quis
O homem que diz sou, não é
Porque quem é mesmo é não sou
O homem que diz tô, não tá
Porque ninguém tá quando quer

Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha traidor
Vai, vai, vai, não vou

Eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

Amigo senhor Saravá
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha não vá
Que muito vai se arrepender

Pergunte pro seu orixá:- amor só é bom se doer
Vai, vai, vai, vai amar
Vai, vai, vai, vai sofrer
Vai, vai, vai, vai chorar
Vai, vai, vai, vai dizer

Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

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