terça-feira, julho 17, 2007

MARISA MONTE É SEMPRE BEM VINDA

Essa não é a primeira vez que publico Marisa Monte aqui. E é claro que há uma explicação para isso. Ela merece. É um ícone da Música Popular Brasileira, deu uma cara nova ao cancioneiro nacional, com um talento expressivo. Ainda criança, ela estudou canto, piano e bateria. Aos 18 anos foi para a Itália para esudar belcanto.
Acabou desistindo, e passou a se apresentar em bares e casas noturnas cantando música brasileira acompanhada de amigos. Um desses shows foi assistido por Nelson Motta, que se tornou diretor do primeiro show no Rio de Janeiro, em 1987. O show "Veludo Azul" teve temporadas no Rio e em São Paulo e despertou o interesse das gravadoras.

Marisa Monte já fazia muito sucesso de público e crítica antes de ter seu primeiro disco gravado, o que só veio a acontecer em 1988, com Marisa Monte ao Vivo. Nesse disco, que chama a atenção para o ecletismo do repertório, que vai de Candeia a George e Ira Gershwin, destacaram-se algumas músicas como Bem que Se Quis (versão de Nelson Motta para a "E Po' Che Fa'", de Pino Daniele), Chocolate (Tim Maia) e Negro Gato (Getúlio Cortes).

Em 2002, ela e os amigos Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes formaram os Tribalhistas. Mas já não gravava solo desde 2000. Ano passado ela lançou dois álbuns de uma só vez: Universo ao Meu Redor (dedicado apenas ao samba) e Infinito Particular. Apaixonada pelo samba carioca, Marisa começa a pesquisar mais sobre o gênero, e por meio de entrevistas e encontros, tenta encontrar as referências criativas dos sambistas antigos e a gênese do samba feito por eles. Foi daí que surgiu Universo ao Meu Redor, que reúne sambas de mais de cinqüenta anos, de compositores como Jaime Silva e Argemiro Patrocínio, com outros mais contemporâneos como os de Paulinho da Viola, Arnaldo Antunes e da própria cantora.

Em Infinito Particular temos um disco mais tradicional e pop de Marisa, que traz composições com parceiros antigos, como Nando Reis, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, mas apresentam novas parcerias como músicas feitas com Marcelo Yuka, Seu Jorge e outros. A música do dia é desse disco: Infinito Particular. Amantes da boa música, com vocês, Marisa Monte.


Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira
de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes

Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

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