LISTA FECHADA NÃO PASSA NA CÂMARA

Há alguns dias, escrevi aqui no blog sobre a possibilidade de aprovação, por parte da Câmara dos Deputados, da lista fechada para as eleições de vereadores e deputados. Na noite dessa quarta-feira, a proposta foi negada. Nem mesmo a alternativa do voto misto foi aceita.

EXPLICO

A lista fechada é um dos itens da reforma política, em tramitação no congresso nacional. A tal lista previa o seguinte: Ao invés de votar diretamente no candidato, como acontece hoje, a projeto propôs que os eleitores escolhessem um partido. E o tal partido, de posse de uma lista fechada com nomes de filiados, escolheria quem iria ocupar a vaga de vereador, deputados... Em outras palavras, o partido ganharia força ao mesmo tempo que a eleição direta terminaria. Isso fortaleceria os caciques de cada partido. Imagine o seguinte: os presidentes de partidos ou aqueles que ditam o rumo dos partidos tanto em nível nacional, quanto estadual ou municipal, ficariam com a tarefa de escolher os próximos parlamentares. E não haveria garantia de que essa escolha não seria comprada. Explico de novo: quem garantiria que um candidato não subornaria o presidente do partido para ser um dos escolhidos a ocupar a vaga de vereador ou deputado? Ninguém. Acho que ficou do jeito que deveria.

O tal voto misto foi uma alternativa encontrada de última hora pelos defensores da lista fechada, que via a proposta não ganhar simpatia entre os deputados. Esse previa que além de votar nos partidos, o eleitor também votaria no candidato. Muita bagunça. O eleitor não entenderia. O sistema tem de ser simples. Descomplicação.

Agora, os deputados vão votar os outros pontos da reforma: financiamento público de campanha, fidelidade partidária, voto distrital. Esse último seria uma boa para as regiões como o noroeste de Minas. Dessa forma, nossa região teria a garantia de que elegeria deputados estadual e federal. Mas a proposta não agrada muitos deputados. E não deve passar. Mais novidade, a qualquer momento, aqui no blog.