segunda-feira, maio 28, 2007

É DA FAMÍLIA CAYMMI. PRECISA DIZER ALGO MAIS?

Poucos países têm o privilégio de dispor de um número enorme de excelentes intérpretes como o Brasil. Mulheres, então, é uma maravilha. Maria Bethânia, Gal Costa, Marisa Monte, Adriana Calcanhoto, Marina Lima, Vanessa da Mata, Paula Lima, Naná Vasconcelos, Baby do Brasil... Nana Caymmi. Esse sobrenome é poderoso no mundo da música e não poderia ser diferente. Imagine o que é nascer e viver numa casa com o pai Dorival Caymmi e com os irmãos Danilo e Dori Caymmi. Uma baianada boa de música. Numa entrevista que assisti da Maria Bethânia a uma TV espanhola, ela disse que intérprete está num espaço entre cantora e atriz. Ela atua a música ao mesmo tempo que canta. É quase uma atriz. Mais que uma cantora. Essa definição é perfeita para as grandes intérpretes brasileiras. Entre elas, Nana Caymmi. Quantas você pode dizer que tiveram músicas feitas exclusivamente para elas? Nana teve várias. Quantas intérpretes você pode apontar como um sucesso em qualquer país e em qualquer época? Nana pode. Pena que ela não é conhecida do grande público, papel destinado aos grandes da música mundial. Mas essa pena não é por causa do artista e, sim, do público, que às vezes se contenta com modismos, acha linda a ostra que aparece na televisão e não olha para as pérolas que estão aí, esperando ser admiradas. A música de hoje é Resposta ao Tempo, de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos. É lindíssima. Na voz de Nana, então, é perfeita. Amantes da boa música, com vocês, Nana Caymmi.


Batidas na porta da frente é o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter argumento
Mas fico sem jeito, calado, ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar e eu não sei
Um dia azul de verão, sinto o vento

Há folhas no meu coração é o tempo
Recordo um amor que perdi, ele ri
Diz que somos iguais, se eu notei
Pois não sabe ficar e eu também não sei

E gira em volta de mim, sussurra que apaga os
caminhos
Que amores terminam no escuro sozinhos
Respondo que ele aprisiona, eu liberto
Que ele adormece as paixões, eu desperto
E o tempo se rói com inve.........ja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor pra tentar reviver

No fundo é uma eterna criança
que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder me esquecer
No fundo é uma eterna criança
que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder me esquecer

Um comentário:

Anônimo disse...

para a família Caymi não existe comentários, é só ouvir e sentir.

WM
dcB