sábado, fevereiro 17, 2007

COMEÇA O CARNAVAL. UNAÍ NÃO SABE MAIS O QUE É ISSO

Há poucos dias escrevi aqui no blog um pequeno texto sobre o carnaval. Tentava responder à pergunta: por que Unaí não tem mais carnaval? O que se vê hoje é carnaforró aqui, carnafunk ali... a maior proximidade que temos de carnaval mesmo é quando alguém promove uma festa onde prevalece a "música" de alguns grupos que se auto intitulam pagodeiros. Na verdade, são formados por um monte de gente que se apresenta com óculos escuros não nos olhos, mas na cabeça, camiseta que deixa transparecer o físico, faz caras e bocas para a câmera, num programa qualquer de TV e "canta" músicas que grudam como chiclete nos ouvidos. É a fórmula do sucesso... repentino e de pouca duração. É que mais outro grupo deve aparecer e repetir a fórmula de novo. E como Unaí não oferece nenhuma atividade cultural pública que possibilite à juventude conhecer o enorme potencial da música brasileira, fica restrita ao que interessa à mídia(só produtos e não arte).

MAS A CULPA É TAMBÉM DOS UNAIENSES

A necessidade faz o sapo pular. Quem tem boca vai à Roma. Quando se quer, tudo se pode. Esses são alguns ditados populares que dizem, basicamente, a mesma coisa. Se você está interessado em algo, busque, batalhe, procure, consiga. Se a mídia só se interessa por produtos e você quer arte, tente encontrar em outro lugar. A mídia pode fazer a sua cabeça. Você pode até gostar disso e se acomodar. Mas algumas pessoas têm um bichinho dentro de si que fica cutucando, dando sinais de que quer explorar o mundo. No caso, o das artes, da música, dos músicos... e é aí que descobrimos que o mundo é muito maior que aquele em volta de nós. Passamos a viver em busca de algo, sem saber ao certo o que é. Só sabemos quando descobrimos. E é numa dessas descobertas que a música popular brasileira, incluindo aí o samba, aparece. Vivemos num país riquíssimo quando o assunto é arte popular. E palpérrimo quando o assunto é divulgar essa arte. É nesse Brasil que Unaí aparece. E o problema é que ser diferente é complicado. É mais fácil entrar na fila e se ver como uma vaca de presépio. E vaca não dança samba.

Um comentário:

Anônimo disse...

" são na maioria meros observadores, melhor dizendo, os poucos que conseguem ver. Mas ....
Bão tamém . Todo mundo que fica no município dá um jeito e vai pescar e tá tudo certo.

Washington Morrno
Da cor do Brasil