HORA DA MARISA MONTE

Marisa Monte surgiu no cenário musical em 1988, com Bem que se quis. Uma música lindíssima cantada por uma cantora talentosa e até então desconhecida. O interessante na vida artística da artista é que ela só passou a fazer shows no Brasil depois de passar uma temporada na Itália, cantando em barzinhos. Numa dessas apresentações, foi descoberta por Nelson Motta, um dos principais produtores musicais do país.

E quando se esperava que ela fizesse de tudo para aparecer na mídia, Marisa Monte se exclui e evita participar de programas de auditório ou coisas parecidas. Torna-se cool e conquista fãs exigentes, acostumados com Maria Bethânia ou Elis Regina. Entra, portanto, de vez, no hall das divas brasileiras. Até hoje, lançou oito discos. Entre eles, com Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, na formação dos Tribalistas. O grupo acabou mas a parceria sempre foi presente. A música escolhida para hoje é de autoria do trio: Infinito Particular, do álbum que leva o mesmo nome, lançado ano passado. Amantes da boa música, com vocês, Marisa Monte.

Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui eu não sou de Marte

Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou portabandeira
de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder

Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular