CORREIO BRAZILIENSE: UNAÍ/ITAPUÃ TEM SORTE
O caderno de esportes da edição de hoje do Correio Braziliense traz uma página quase que completa com uma matéria sobre o UNAÍ/ITAPUÃ. Até aí, nada demais. Afinal, o time mineiro é o líder do campeonato candango, à frente de Brasiliense e Gama, favoritos ao título. Mas levando-se em consideração o que temos lido até então na imprensa candanga, era de se esperar que a matéria não fosse tão favorável à equipe. O texto diz, sim, que o clube está na primeira colocação, mas deixando claro que é uma surpresa e lembrando que nos últimos dois anos o time mineiro lutou para não cair. E mais: credita a liderança à pura sorte que o time mineiro teve na tabela. Até agora enfrentou os dois times que não pontuaram. E o terceiro que não marcou nenhum é o próximo adversário. Tudo isso está certíssimo. Não há o que contestar. Mas a história seria diferente, se o jornal fosse outro.
Em aulas de jornalismo, entre outras coisas, aprendemos que usar o "mas" é muito importante para darmos a direção da matéria. Exemplo: se dissermos "o presidente Lula é muito bem visto em outros países mas a política interna dele não é das melhores" soa bem diferente de "a política interna do presidente Lula não é das melhores mas ele é muito bem visto em outros países". A inversão da frase dá outra percepção do que queremos dizer. Se a matéria do Correio fosse feita por um jornal de Unaí poderia ser mais ou menos assim: O UNAÍ/ITPAUÃ teve sorte até agora porque enfrentou os dois times que não marcaram pontos e o próximo adversário é o terceiro a não sair do zero, na tabela. Mas a equipe tem se mostrado eficiente ao apresentar o melhor ataque do campeonato, além de ter a defesa menos vazada. Como se não bastasse, conta com o artilheiro do candangão, Rogerinho e o vice na artilharia, Paulão.
Como se vê, a verdade é uma só. Mas que podemos dar um jeitinho nela, podemos.